Foi então que em uma dessas tarde que resolvi sair da minha janela e segui-lo e então ele sentou no alto de uma montanha bem longe daquela pequena cidade, então eu sentei do lado dele, ele então a olhou e começou tocar sua gaita, tocou até o sol partir e ao escurecer voltou para sua casa, e eu sem dizer nada o acompanhei até a rua em que morávamos olhei para ele e me despedi eu o abracei enquanto ele continuava intacto sem se mover, apenas sorriu. Enxerguei sua alma e percebi que era um homem bom não precisei saber de sua vida, aquele mistério me fazia bem e o som de sua gaita me dizia que aquilo era o que eu precisava saber, não me importava seu passado menos a sua vida, e sim aquela paz de ver a tarde partir de uma maneira diferente que meus olhos não imaginava ver.
No dia seguinte na mesma hora resolvi então ir até a montanha e o moço do terno azul não estava lá, tudo parecia muito triste pois mesmo assim sentei e observei a tarde tudo estava diferente um vazio tomava conta de mim, algo estava acontecendo mais esperei a tarde partir pra saber, foi quando o escuro começou a tomar conta daquele lugar que resolvi ir embora, e chegando na rua em que morávamos, percebi que sua casa estava muito movimentada foi quando corri pra saber o que estava acontecendo, e ao me deparar na porta de sua linda casa olhei para o chão e sua gaita estava lá e apanhei, foi quando a moça que sempre estava por lá me disse: Ele era meu pai, e seu ultimo dia de vida chegou, pois sofria de câncer, fique com a gaita você o fez sorrir por uma tarde.
Então a menina voltou para sua casa, se ajoelhou e rezou, e desde de então todas suas tardes é vista do alto daquela montanha e agora com o sussurro da gaita que soava de seus lábios, e atrás de sua orelha se via uma linda rosa branca, todos os dias.
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